O Carpinejar explica.
Estava eu no trabalho e para desestressar comecei a vagar, como quem nada quer, pelo twitter e vejo a seguinte twittada do @CARPINEJAR ‘Entendi o hábito bem irritante da mulher de fazer xixi de porta aberta.’
Preciso realmente dizer que não resisti? Entrei no blog para ler a matéria completa; ministério da saúde adverte: se você não prende o riso, evite a leitura do texto em lugares que pode constrangê-lo.
XIXI DE PORTA ABERTA
Carpinejar
‘Duas gurias trocavam confidências na janela do bar Ocidente. Pensei que estivessem falando eslavo, alemão, russo, não definia a língua. Do mundaréu de chiados, saltavam palavras como saudade, vingança, grosseria, que me abrasileiravam de novo. Era mesmo português, mas modo queda livre.
Fui notando que mulheres conversam assim, com o triplo da velocidade de um papo masculino. São como feirantes vendendo os abacaxis e os morangos dos relacionamentos. Emendam cenas, comentam o passado, atalham o futuro, zoam e se confortam em seguida. Evidente que a explicação para o excessivo conteúdo em poucos minutos é que estavam com a conversa atrasada. Não vale, mulher já nasceu com conversa atrasada.
É impraticável acompanhar ainda que seja o próprio idioma. Tonteei somente de olhar.
O que me leva a crer que – pela comparação – toda esposa se comunica com o marido como se ele fosse um retardado. Lenta, maternal, didática. Chega a apontar para facilitar o entendimento. Apenas aumenta a rapidez do raciocínio na briga, daí não adianta, ninguém escuta mais.
O que me leva a comprovar a aptidão da fêmea para iniciar diferentes assuntos e não terminar nenhum. Mulher acumula inícios. O homem tem dificuldade de começar, por isso é absolutamente linear e monotemático. Quando seu macho fala de futebol, vai falar de futebol até o fim. Perca a fé de que ele possa mudar o tema e o canal.
O que me leva a entender o hábito bem irritante da mulher de fazer xixi de porta aberta. Ela não pretende interromper a conversa. Nunca. De forma nenhuma. Pra quê? É a sua diversão, com ou sem motivo. Xixi é irrelevante perto da possibilidade de esmiuçar dilemas de seu dia e fofocar sobre o trabalho.
Tanto que há um silêncio mortal no banheiro público masculino e um alarido descomunal no feminino.
Minha namorada entra no toalete de nossa casa e continua papeando. Dispensa licença. Nos primeiros momentos, ficava mudo, esperando que ela terminasse. Mas ela gritava: – Não tá me ouvindo? E me obrigava a responder, apesar do barulho da descarga e da torneira.
Como qualquer barbudo, eu fracasso na adoção de sua mania. Tenho problema de conversar enquanto tento acertar o alvo, operação que desprende concentração e domínio total das forças. Naquela hora, não presto para oferecer conselhos, ser simpático, muito menos dizer “eu te amo”. O alívio do esguicho altera a dicção, vem um gemido do fundo do pulmão. Falta tecnologia mesmo no corpo.
O que me leva a concluir que não tem jeito; sou burro como uma porta fechada.’
Oi Mirela. Obrigado pela visita. Poesia é tudo de bom, e necessária, mas nem todo mundo lembra disso hoje em dia. Agradeço qualquer toque que ajude a atingir mais gente. Tudo de bom
ResponderExcluirMe identifiquei com a parte do homem que pensa em um assunto enquanto a mulher inicia vários. Eu vivo dizendo "sim, voltando".
ResponderExcluirÈ o hábito de não querer deixar uma ideia incompleta :P
Ah, teu site tá sendo apostado pelo navegador do google como se tivesse vírus por um link do www.ceumusic.com . Espia isso aí, pode afugentar seus leitores
Gostei de cá :)
beijo