É, passei muito tempo para assumir meu nome, como um todo.
Primeiro a história da escolha dele, do nome, do meu nome, que foi um parto; após 6 anos da vinda da primeira cegonha, a matriarca recebe a notícia, inesperada, da visita de mais uma cegonha. Meses depois ,ela é presenteada com uma imagem e soube que dessa vez seria uma menina, - eu - para sua felicidade e a da família - exceto a do irmãozinho que queria um menino para brincar com ele (o que é um problema até hoje, mas isso não está em questão nessa historinha).
Então veio o 'X' questão: ‘como ela se chamará?’ a mamãe cogitou alguns nomes, a família paterna já havia escolhido o Mirela – foi aí que ficou decidido que meu nome seria composto. Mas, o que combina com Mirela? É quando entra na história a bendita criança de 6 anos e pede, por todos os santos e arcanjos de todos os mundos, que o nome da ‘indesejada’ fosse Marcia, porque era o nome da namoradinha da escola.
Resultado: o nome ficou Marcia Mirela, com sobrenomes apenas paternos (o que torna uma inverdade quando me chama de filha mãe, como ela mesma diz: sou apenas filha do pai... rs), e a mamãe ficou apenas com o prazer de me carregar 9 meses, amamentar e me ver crescer... o que não é pouco!
Agora me respondam: como uma família dá ouvidos a opinião de uma criança de 6 anos? (quero dizer neste sentindo...) Será que só eu tenho a plena consciência que seria uma escolha muito séria, para uma vida toda? Ninguém na época notou a gravidade do fato... que ele queria um menino todo mundo já sabia, mas que a família estava a fim de me zoar aí já era demais. O tempo passou e eu nunca consegui absorver o Marcia, passei longos tempos achando uma sacanagem danada essa junção; em casa, na escola, na rua... todos só me chamavam de Mirela.
Até então, com o costume de existir apenas o lado Mirela, simplesmente não respondia como Marcia, é como se esse nome não fizesse parte do meu ser. Sempre que falava meu nome composto, me acabava de tanto rir, zoava comigo mesma; comecei a reconhecer o nome quando entrou mais uma Mirela na escola, porque até este dia eu reinava em todo lugar - mas isso não quer dizer que eu o aceitava. Daí veio o tabalho, a zoação foi aumentando... e aos poucos veio chegando a aceitação.
Quando, há poucos dias minha amiga e médica, Karla Patrícia, coincidentemente sofria da mesma síndrome do composto e da dificuldade de aceitação ‘nomibilístico’, me mostrou que o nome tinha uma energia única, que eu deveria aceitar esse presente do universo, para mim.
Quando, há poucos dias minha amiga e médica, Karla Patrícia, coincidentemente sofria da mesma síndrome do composto e da dificuldade de aceitação ‘nomibilístico’, me mostrou que o nome tinha uma energia única, que eu deveria aceitar esse presente do universo, para mim.
Hoje, realmente percebo a energia e a força que ele tem, a alegria que ele traz a mim e as pessoas; sim, porque não há se quer um ser que leia ou pronuncie MarciaMirela ou o Marcia Mirela e se mantenha sem um sorriso. Hoje me aceito por completo, e percebo a mágia de usar meu nome como um todo!!
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