Hoje uma amiga, professora primária estava corrigindo
redações com este título... e fiquei pensando: o que eu posso relatar?
Posso dizer que nasci numa
família de classe média, que minha mesa sempre foi muito farta, que estudei em um colégio de freiras até o ginasial –
era assim que denominavam a 8ª série – fiz ballet, ginástica olímpica, basquete - apesar de ser baixa - e karatê, posso falar que fui muito moleca, inocente e feliz nesta escola; depois mudei para uma escola focada em
vestibular – na verdade fui obrigada, meu pai não queria mais cruzar a cidade
para me levar na escola - então atravessei a rua.
Entrei na faculdade, cursei o que
não gostava; fiquei doente, tranquei. Voltei. Tranquei. Procurei outro algo
para me ocupar, e achei vários.
Dentre tudo isso, fiz amigos para
a vida toda – escola 1, escola 2, faculdade 1, técnico, faculdade2, na vida,
circulando – vivi momentos que valeram por quase a vida toda, amei e fui amada,
chorei, ri, me decepcionei, entrei em depressão – quase deu merda -, me
reergui, amei e fui amada, vivi, segui em frente, ri, senti saudade, matei
saudade, estou aprendendo a viver com a saudade eterna, me equilibrei, dancei, danço e vou
dançar sempre. Cantei, canto e cantarei sempre alto, quero minha voz ecoei nos
ouvidos.
Ainda desejo trabalhar mais;
ganhar mais dinheiro; viajar, viajar, viajar; constituir uma nova família –
a minha, com tudo que tenho direito: pai, mãe, 6 filhos (‘negociáveis’), 2 cachorros (um
grande e um pequeno), casa gostosa, aconchegante, uma orta e tempo para por o
pé na areia – lembrar e repassar valores, amigos reunidos, cantando, bebendo, comendo bem, rindo alto,
relembrando histórias e confraternizando nossos rebentos. Quero uma linda mesa
posta e toda a família reunida - independente da data -, primos, tios, sobrinhos, mãe, irmão...
E todo amor que houver nessa
vida!
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